Meg, Lola, Teka e Julie são as cadelinhas que enfeitam nossa vida, mas nem sempre foi assim, claro. Ninguém resolve ter quatro cães do nada.
Tudo começou com a Meg, há 10 anos, eu não me recordo bem como ela apareceu, eu tinha apenas 15, mas era um pinscher desses que cabe na mão! rs, e não é que ela tenha crescido muuuuito mais.
Acontece que ela viveu uma aventura amorosa, e engravidou de 6 filhotinhos. Eles nasceram e foi um parto complicado, na ultima filhotinha meu pai precisou auxiliar, e ela nasceu bem feinha e pequena. Tão feinha que ficava bonita! rs, mas as pessoas não pensavam da mesma forma, e ela foi ficando… Sorte a nossa, porque é uma cadelinha extremamente carinhosa, doce, sapeca, virou companheira da Meg e trouxe mais vida para nossa casa ❤
Já a Teka e a Julie foram diferentes… Vivíamos então há anos com as duas pinschers, quando vimos um anuncio pedindo um lar temporário para duas velhinhas. Acontece que a dona delas morreu, e as ONGs só aceitavam para adoção individual, e separar aquelas duas que viveram uma vida toda juntas era de doer.
Aceitamos (com certo receio) de ser o lar temporário delas (viramos lar pra sempre). Ambas educadíssimas, ficam para fora na casinha delas sem maiores trabalhos, enquanto as de porte pequeno ficam dentro. Assim que chegaram sentimos um alivio e nos emocionamos, se não fosse por aquele gesto, ambas estariam na rua passando frio, fome, medo. E o melhor de tudo! Meg e Lola não ficaram enciumadas, adoraram ter novas amiguinhas.
A Julie que apelidamos de Juju, chegou arredia, e corria de tudo e se escondia. Com o tempo pegou confiança e virou a predileta da minha mãe. Ela é bem gorda e se vê que faz um esforço grande para pular comemorando quando acordamos. Desconfiamos que ela fuma uns cigarros a noite escondida, porque vive pigarreando, rs.
(Juju não tem foto, desconfio que é nessas horas que ela saí pra fumar um, rs)
A Teka quando chegou ficamos na duvida se era um leitão, rs. (Elas realmente eram bem tratadas pela antiga dona! Que bom!). Era mais dada, pra tudo mostrava a barriga (vide foto), mas enfrentamos alguns problemas com ela. Com os fogos de final de ano, ela fugiu, e quando voltou estava toda machucada, achamos que ela se meteu com alguma gangue canina vida louca demais. Acontece que ela ficou tão ansiosa (afinal ela demorou pra achar a casinha nova e a gente também não conseguia encontra-la) que desenvolveu uma dermatite, se coçava e até se comia. Tivemos que colocar colar elisabetano nela (cone). Ela ficou chateada, depressiva (mas se tirassemos, parecia filme de terror, muito sangue, ela se machucava muito), e cuidavamos dela com remedinhos e calmente. Nas ultimas semanas ela piorou, batia a cabeça no tanque, tinha crise de ansiedade, não deixava ninguém dormir, até que enfim, descobrimos um calmante maravilhoso, e um dia quando acordamos ela estava sem o cone e brincando no quintal. Aparentemente esqueceu dos problemas da vida e está curtindo uma vibe! Esperamos que continue assim.
Claro que diziam “sacrifica, é melhor!”, a gente pensava “melhor pra quem?”. Estamos aliviadas por mesmo com as noites sem dormir, não termos feito.
Toda essa história só nos fez ama-la ainda mais!
Agora estamos nos mudando pra uma casa ainda maior, onde elas poderão viver melhor.
Ter quatro cães da gasto? Sim, quatro vezes mais. E quatro vezes mais trabalho, e quatro vezes mais felicidade. Quatro vezes mais pulos, quatro vezes mais comemorações com a nossa chegada.
Teríamos mais? Não, porque é quatro vezes mais responsabilidade, mas quando uma delas se for… Elas tem pedigree? Não, elas tem olhinhos que brilham, elas tem vontade de agradar, elas tem vida, elas são vida. E nada é mais valioso.